sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Eu ainda sinto vontade de matar alguém,só pra passar o tempo.
Não no sentido físico-químico,talvez matar com palavras que ainda são as únicas armas que me restam de fato.
As palavras nem sempre possuem sentimentos ocultos, as vezes elas são um fulga, opaca ou criativa maneira de esquecer sobre quem você é e a sua realidade.
Não tenho nada pra dizer ultimamente,apenas afirmo que me sinto dependente dessa vontade...
Estou pensando sobre esse prazer leviano e essa mortal necessidade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vai passar













Acredite...
eu estou esperando,
Mas já não me importa
Basta poder me/te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mais ainda sei me virar

quarta-feira, 15 de outubro de 2008


A única coisa na qual você pode confiar é que vc não pode confiar em coisa alguma
Não saia por aí vendendo sua alma por auto estima
Não seja plasticine.

E onde foi que ficou meu copo de whisky?'
Estou com medo do escuro e não há ninguém a quem recorrer.
Cadê o copo?Droga!Precisava ter me lembrado de pagar a conta de luz.Entristecida assim tive de notar algo em meio às turbulências desse mundinho tão sem vantagens como o de vossas senhorias,embora a casa esteja em escuro repleto,sei que não sou tão ignorante.
Conviver comigo tem sido de fato uma das maiores indagações humanas,estar realmente vivo,sem pestanejar como conseqüência de tal ato deve ser quase um lema.
Francamente a vida está tramando comigo,esse costume doentio de me magoar e fazer de mim uma simplória inexperiente(que obviamente eu preferia não ser)faz de mim uma psicopata (ou sociopata,defina como quiser).
O modo como sinto-me inútil está me afetando de uma maneira que não admiro muito.
Sempre que tenho um novo recomeço algo me aterroriza a ponto de eu mal conseguir funcionar.Em geral,não sou dos que levam tão a sério a vida,estou sempre insatisfeita e acabo não aproveitando a idade como um todo.Raramente me iludo a ponto de me autodestruir ainda mais,tento ao máximo ter empatia com os diversos seres que mantenho convívio mas nada disso me é válido.
Então, note quão raro é sentir-se assim. Quantos poderiam mudar de vida por querer explodir às vezes. É tão puro que chega a doer ser eu mesma. É tão digno que me envergonha não poder sustentar tanto poder de vida.
Falando assim pareço alguém que se importa de verdade com toda essa frustração. O fato é que estar no escuro faz de mim alguém acomodado,errático,mas alguém que ainda cede e confia a ponto de ansiar somente o que me desperte.
Não deveria ser assim.Aqui estou,cansada demais para procurar uma vela,em meio ao momento em que parei de escutar a voz,aquela que dizia tantas coisas codificadas mas que me avisava dos riscos que poderia correr sempre que me entregasse de cabeça à uma nova filosofia de vida.
Como resultado parei de aperfeiçoar dons que tive durante essa vidazinha tediosa,comecei a sentir envolto pro prazeres tão gloriosos e a conduzir-me de volta ao beco.
À procura de novos aliados...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dona Angelina e a bolha.


-É o seguinte meu santinho.A coisa por aqui tá ficando feia- disse dona Angelina enquanto segurava dolorosamente o santo de barro.
-O Senhor sabe como são esses jovens de hoje em dia,só querem saber de "lero lero",coisas que na minha época a gente resolvia com duas palmadas e pronto,era supimpa.Mas como minha mãe dizia: "O mundo tá perdido mesmo".
Certa vez eu tava vendo aquelas propagandas que passam durante o intervalo da minha novela das oito,o Senhor sabe como é,o Senhor sabe sim,eu tava catando aqueles trapo de pano que os moleque tinha espalhado pelo barraco e vi que lá num tal de shop's o povo tava botando umas "bolha" com gente dentro.Pra o Senhor vê,umas bolha por cima da água que nem um navio.Eu juro que eu fiquei super empolgada com o negócio,parecia até trem de outro mundo,desses em que os ets trazem pra terra da gente.
Eu sai pegando as coisa tudo,terminei de comer aquela farofa de ovo que a dona Cleusa mandou e me deitei,claro!Pensando naquela fantástica bolha.Tão brilhosa,tão ingênua.
Ah!Pra dizer a verdade foi o prazo deu pegar no sono que a farra do vizinho começou no barracão do lado.Eu como não me meto nessas coisas deixei quieto,tampei o ouvido e espantei a tal das "muriçoca" que tava acabando com meu excesso de banha aqui do ladinho.Foi então que no meio daquele mucambo todo eu comecei a ouvir um povo discutindo sobre a bolha.A minha bolha.
-Sabe como é gente,tava imaginando esses dias como seria todo mundo naquela bolha- disse uma certa garota cuja voz era desconhecida.
-Pira!O negócio ia ser bom demais,aquele monte de pernas e braços e ...(palavras feias).Imagina,nós quatro na bolha.Com fila de entrada claro.Cada um teria seu lugarzinho- disse Keka durante as idéias fabulosas da amiga.
-Exatamente.Que tal um "Wood stock,o retorno". A gente ficaria pra história,pensa no que poderíamos contar aos nossos filhos.
-Puta merda!-disse o mais alto do grupo,esse lance de contar pros filhos não vai dar certo não.Depois vão querer imitar e ai já viu,coisa boa assim né pra todo mundo não.
Conversa vai,conversa vem... A conversa tava começando a perder o eixo meu santinho,até me arrependo de ter escutando aquelas ladainhas todas.
Foi uma tal de gritaria pra cá,gente rindo pra tudo quanto é lado,um povo brigando por causa de um sofá que parece que tinha quebrado e umas meninas num tal de "kama sutra".Então eu pensei,eu juro que eu só pensei meu santo AntÔnio,já que esse fio de cabelo branco não me permite fazer outra coisa.
Quê que esse tal de "kama sutra" tem a ver com a tal da bolha brilhosa?

domingo, 12 de outubro de 2008

Aff.

Diga-me,pra quê complicar tudo que falo?
Esse seu olhar sedutor e aflito que demonstra uma irremediável necessidade.Do quê?Ainda não sei.
Ah! vamos lá,chega uma hora em que você precisa mostrar um pouquinho do que sabe(sem malícias nas minhas frases viu).Por conseqüência,algo que seja divertido com o que o mundo diz ser insanidade.Garanto a mim que o que digo aqui mais uma vez não será bem interpretado,mas eu já disse que me expressar verbalmente é algo que não corro o risco.
...




deixo assim ficar subentendido.
Ah!Poupe-me disso.Eu nunca disse que sabia escrever,eu juro que até tento mas a pressão das palavras torna-se cada vez mais forte e essa minha necessidade de por pra fora é tão grande que sinto aqui dentro do peito prestes a explodir.



Quanto drama não é verdade,que necessidade viril é essa de saber todas as coisas,de estar a par da situação,de controlar os seres humanos?Sou mais abraçar um urso de pelúcia surrado e escrever(sem escrúpulos)sobre algo que não me interesse.
Francamente,essa aglomeração de realidades sugeridas me tira do sério.Que dia perfeito,o período em si é perfeito para burlar regras,tópicos e fases;Perfeito e instável,daqueles dias em que se absorve mil sabedorias mas que quando se encerra volta-se ao eixo,como se esquecer o hoje fosse rápido como um segundo banal.
Apaga-se o modo,abandona-se o estado e fala-se sobre as coisas surreais,cômicas e mórbidas presenciadas no dia.
Retrocedamos,então,ao momento em que afirmo que não suporto a pressão das palavras.
Malditas e Imortais!Eu não consigo explicá-las,nem descrevê-las ou sacrificá-las,e talvez a resposta seja essa...
Eu não quero.