sábado, 24 de janeiro de 2009

Até pode ser.

Começamos bem.Três da manhã e a insônia me pegou de jeito.Se bem que sentar a bunda na cadeira e digitar não são dos melhores programas,pois bem.
Estão usando artilharia pesada,tá tudo rodando e olha que não é crise de labirintite, meu labirinto anda bem (obrigado),minha memória é que anda nas alturas,bem longe mesmo...To esquecendo tudo,maldita vida sedentária.Eu até gostaria de alertar os jovens que como eu são um poço de tédio em litros de coca cola,mas tenho preguiça sabe como é.O telefone fica na sala de estar e andar até lá,digitar todos aqueles números que não me lembro não me parece convidativo.Já vi que não posso ficar sozinha,numa dessas me esqueço de como se chega em casa.Acho que o meu teste de idade cerebral estava certo,cento e vinte anos não é mole não minha gente.
"Não é mole não,o povo escolheu a globo isso é Globalização..." Tá vendo o por que da minha cabeça estar com tudo "em cima",escute isso diversas vezes e ai não se surpreenda ao ver que você parou.É a lei do uso e desuso em prática,vai se atrofiando e cá estamos levantando às mãos aos céus e agradecendo por tamanha "engenhoca",a preguiça.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Envelheci dez anos ou mais nesse último mês.


Doeu o estômago.
Que cheiro bom,como aquele em que o vento traz junto com o seu perfume.
[E lá vem gente me perguntando sobre os amores,sobre os tempos,os beijos].
Quem disse que eu estou apaixonada?Você nunca se pegou sendo forçado
a amar a vida e os detalhes dela?Pois eu sim!Fui pega pelas pernas,amarrada na cadeira
com permissão de só sair morta e isso garanto que ainda não vai acontecer.
Enfim o cheiro me doeu,foi como uma daquelas lembranças estranhas que temos
assim que visitamos um parente ou vemos fotos,cartas e fios de cabelo [risos].
Foi exatamente isso que senti quando abri o caderno,tenho uma grande atração
por coisas novas,não que seja consumista mas é que eu gosto do cheiro delas e o caderno
da minha irmã tinha esse cheiro,cheiro de mudança.
Então o vento bateu e trouxe o perfume das rosas,daquele caderno perfumado e cheio de gatinhos.
Ah!Isso me lembrou o amor,a vida,risadas,corridas e tantas coisas.Confesso que conheço duas
das coisas citadas mas já vale a experiência.Já vale o espirro que tive por ser alérgica à
perfumes fortes,já vale o banho de chuva gelado depois das aulas, é...
Eu podia ter percebido antes.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Já posso voar?


Ah! (isso foi um grito elevado ao cubo). Pareço marionete dos meus sentimentos,e o maior deles neste momento é o medo.Sinto a corda amarrada pelo pescoço,vou e volto sem controle sobre o meu corpo e sobre as minhas atitudes. Cuide de mim!-eu grito. -Me tire dessa,ponha-me no lugar,troque minhas roupas,me esconda das garras. Nada disso parece funcionar.É como um teatro e a expectativa de dar tudo certo no fim. Então me responda:-O fim está quase chegando?


Quem se importa?


Você não vê mas eles existem. Todo dia como é de se esperar, no fim da tarde quando os trabalhadores voltam para casa. Lá estão eles. Sentados. Cinco ao todo, como um grupo (mas nada de o “grupo dos cinco” como no Modernismo), nesse não há nada de espetacular. Uma criança corre no fundo do ônibus a mãe logo lhe tasca um beliscão e pede pra ficar longe deles. Disfarça, se afasta dos “perigosos” e é como se fossem invisíveis. Outra hora um senhor, tropeça no pé do mais novo (sujo, trajando uma blusa rasgada e com o cabelo esvoaçado), parece não vê-lo, cospe e solta um palavrão e assim desce do transporte como se nada tivesse acontecido. É fim de tarde e faz frio, eles se juntam para se aquecer, enquanto o ônibus se movimenta bruscamente, há competição de quem fica mais tempo sem comer, sem voltar pra casa. Então eles cantam como o velho ditado brasileiro “Quem canta seus males espanta”. Cantam alto, mas ninguém ouve (ou não quer ),não precisa não é verdade!Você tem tudo que precisa, as crianças estão em casa neste momento e talvez já tenham jantado, logo depois de um banho quentinho. Não é da sua conta. Então você se vira e ignora a situação, a menina (aquela do meio com as mãos machucadas) olha pra você como quem pede socorro daí você se esquiva, finge que nada disso existe, volta pro seu mundo cheio de borboletas, nuvens e pratos de galinhada no almoço. Esquece-se de que é como eles...Invisível na sua própria vida.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A conta por favor!


Grito

Pare!Isso dói!
Isso me dói à cabeça, a medula, os rins e o coração.
Pare!Isso dói!
Dói à alma que não tem saída
Pare!
Sente comigo à mesa, tomemos um drinque esqueça.
Vire a cabeça, cruzes os braços, arranque os lábios
mas pare
Porque sonhar custa caro e alguma coisa ele sempre custa
e acredite nem sempre o sonho está num ótimo preço.


domingo, 18 de janeiro de 2009

Faz tempo










Eu quero voar
Voar e só...
Talvez amar e só
Chorar e só.
Querer e só.
Deitar-me no chão frente ao mar,
enquanto rasgo sonhos,
e nuvens
e mares
e o silêncio.
E só
Sobre todos os lados,
Sobre todas as coisas
Procurar as estrelas, o ar e verbo.