domingo, 25 de janeiro de 2009

Me deixa ser o que quiser.


-Sim eu estou me escrevendo para o concurso! –disse com muita raiva logo pela manhã. Será que é tão difícil aceitar que se eu tiver a fim de levar a vida à base de ovo frito, dietas vegetarianas e poesia a escolha vai ser minha?Numa dessa eu fujo do mundo, abro meus pára-quedas de barbante e palavras do Aurélio (dicionário) e parto para Júpiter, um planeta não habitado. Eu sei parece loucura, mas não é. Lá poderei ter o que quiser na cama que escolher, pegarei um giz de cera desenharei pontes que amo tanto com pequenos riachos em baixo cheio de peixes e tartarugas. Construirei minha casa do outro lado do planeta onde as borboletas não alcançam, irei colori-la de amarelo e farei uma janela com vista pro mar. Encherei a casa de portas, sem trancas ou cadeados pra quando você quiser voltar, farei um lindo pomar, um jardim e um vasto campo onde talvez eu cuide de um cavalo pra quando a chuva passar e tiver vontade de explorar os arredores.Sempre que eu quiser irei à cachoeira de Coca cola bem gelada e sem taxa de uso e ali passarei à tarde, ora a deixarei preparada pra quando me visitarem anualmente. Cobrirei as calçadas de livros, de cores e gêneros diferentes pra que eu possa me divertir mesmo já estando tão feliz. E nesse planeta cheio de árvores (não muito altas pra poder ouvir o canto dos passarinhos) eu consiga me esconder do sol ou fazer um acordo com o ele pra que não aqueça demais o meu planeta. Enfim, comprarei um jatinho particular para levar amigos e familiares (de grande importância) junto com todos os poetas, músicos e artistas plásticos pra lembrarmos-nos de Pasárgada onde passaremos as férias.

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