No relógio o ponteiro quase marca meia noite. Eu não durmo, essa coisa que me cutuca o pé do ouvido não me deixa dormir. E quando não é isso, é aquilo e aquilo outro.Eu curtia os meus fins de semana sem medo, sem ter que fazer o escarcéu dentro de mim a cada oito horas. Agora não, é sempre essa linha limítrofe, que não me permite chegar ao outro lado. Em cima da mesa os objetos usados para a travessia, um velho copo com dose dupla de uísque, cigarros baratos, guardanapos sujos e rabiscados com lembretes do dia. Tudo sem cor, meio morto, meio banal. Palavras desgastadas, camisa mal passada e roída na gola. Cabeça cheia de pensamentos importunos.Nada de pregar os olhos. E não me venha com costuras, eu não me dou bem com agulhas e linhas!
4 comentários:
Pq será que eu gosto tanto de vc e de seus textos, D. Natty?
=]
saudadinha.
Texto perfeito *-*
As vezes o silêncio da madrugada ajuda a colocar as idéias no lugar...
eu tenho medo do silêncio quando eu não posso dormir
também não me dou. sempre tem algo na cabeça, pra perturbar, quando o que mais se quer é dormir e esquecer. beijos
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