quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Escape


Punhos e braços cansados enquanto o sangue escorre por entre os dedos.Parece o fim mas é apenas o começo,linhas horizontais e verticais acompanhadas pela necessidade de estar alucinado.Eu ainda guardo no peito a imagem daquela tarde que constantemente me sooa marcante.Deram-me de comer e até de beber da comida envenenada e estranha,me arrancaram os sonhos e os dons que já eram bastante escassos e por fim jogaram-me no abismo sem portas e sem escape.
Francamente ando num devaneio tremendo,bastam-me poucas palavras para me tirar do foco,se é que existia um.Eu decididamente sou uma péssima pessoa,conclusão que tenho após várias opções e caminhos;E me envergonho disso,sem zelo e sem mais motivos.Nada me angustia tanto quanto habitar em um corpo tão cruel e mesquinho.
Sinto-me como morta,quase que em putrefação,o corpo doí mas não fisicamente,o meu físico está imune a tais cousas.Não é possível vociferar como antes e a alma corre sem rumo à procura de algo dócil e esvoaçado.Não há saída de emergência e nem placas de informação;Enquanto isso as linhas continuam a jorrar aquele material,pouco conhecido pelos sãos e pelos que raramente perdem o juízo e não vêem o sangue sendo vertido.
O que fazer?Droga!Odeio críticas e contendas,por sorte o abismo e a minha humilde boca não deletou o que há de pior em mim,minha ciência infame.

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