segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Iniciando um conto...


Itália.A noite se estendia a cada segundo.A brisa noturna não confortava mais e a falta de resposta perambulava pela rua.Felipe continuava a se observar no espelho.
O espelho que por sua vez refletia uma imagem não nítida,uma face queimada pelo desespero e banhada em lágrimas sanguinolentas.Desesperado o espelho gritava e vibrava tentando alertar a morte interna de Felipe.Era banal o modo como agia mas o óbvio se tornara uma questão de tempo,todos sabiam que uma hora ou outra a face iria desfalecer e as mãos se agarrariam a cena fantasmagórica.Não havia intervalo e nem descuido,a qualquer instante o sopro alcançaria mais um jovem.
Enquanto a trama se desenrolava outros personagens surgiam como uma platéia que espera um grande desfecho.A morte como tal observava tudo da sua maneira,verificava o tempo,assolava a distância e o embalava com um música diferente das que se conhecem;Trajando um capuz preto típico das noites de inverno,a morte,possuía um sorriso sarcástico e olhos arregalados,pronta para uma noite de volúpia e um prazeroso banquete final.Os talheres estavam à mesa e os alimentos causavam-lhe prazeres momentâneos,logo nossa ilustre convidada entraria em ação.Faltava a Felipe poucas horas até que fosse enterrado no abismo da loucura e no fundo isso viria dele,das entranhas de sua alma...

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