sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Se eu fizesse parar de chover.

Chuva. Cá estamos nós (juntas) e unidas por um só pensamento. O medo dos trovões.
Acho que hoje o Senhor Deus estava bastante grilado e resolveu abrir as torneiras do céu e como sempre somos o alvo.
Eu acredito que alguma coisa estupenda está por vir, o clima anda de rumo novo e em todo país a gente ouve falar de
enchentes e deslizamentos. Mas aqui, nessa terra quente e distante (tão distante), acho impossível a chuva se achar no mapa
com medo de se perder por aqui e nunca mais voltar.
Achava (quer dizer), porque ela se arriscou a vir e agora está aumentando.
-Venha!Sente-se aqui comigo no sofá, vamos nos esconder debaixo da coberta e torcer pra que esse barulho passe logo.
Eu odeio quando você me olha desse jeito, já não basta estar aqui (caridades assim eu não faço e você sabe) e ainda quer
de mim cafunés. Saí pra lá cadela folgada.
Oh eu precisava estudar (sobre a luz de velas, quanta inspiração). Como seria o fluxo de consciência que Clarice usaria neste momento?Ou até mesmo Adélia que procura descrever o cotidiano. O que ambas diriam sobre a tempestade?
Acho que concordamos em algumas coisas, esta é uma situação pesada demais para mulheres e cachorros, não importa o que sentimos no momento, os homens são os únicos que contradizendo esse universo feminino oferecem proteção a nós, com chuva ou sem chuva.
Eu penso assim Ana.

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