quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Capítulos de 2008.



Vagueio por entre os capítulos do ano (os meses).

Abro o zíper de Janeiro e como de costume sou jogada para trás pelos velhos morcegos. A história é narrada por uma voz triste, desconhecida e por uma música típica de Manson (sem comentários sobre o gosto musical do tempo).Prevenida com o que veria e sentiria tomei uma dose de anti-alérgicos iniciais e peguei a lanterna preparada para certa ocasião.Foram dias difíceis mas sobrevivi e isso importa bastante.

Deixo esse capítulo para trás. Continuo a minha viagem pelo tempo, passo por fevereiro e logo tropeço em março. Ah!Março está tão oprimido e molhado que não suporto ficar aqui durante muito tempo (deveria ter avisado ao faxineiro que passaria por ele depois do almoço).O chão de março está completamente ensopado e cheio de cartas,uma pilha delas dedicada à algumas pessoas especiais e só,existem também pedaços de seda (de cor preta),fitas,furos,objetos pontiagudos e um pote de comprimidos coloridos jogados no chão.É,esse não foi dos melhores meses.Embora haja também dois cestos no canto (cheios de abraços,cafunés e coisas do gênero).

Assim que fechei esse zíper senti uma sensação de alívio indescritível.

O sol raiou. Chegou Abril, o zíper se abriu e pude ouvir um monte de gargalhas, uma série de livros (sobre todas as coisas),uma força que jorrava por entre os espaços (anteriormente vazios) e colo (essencial ao capítulo). O chão estava úmido, mas fora coberto de toalhinhas e lenços azuis. Um samba acompanhava essa trajetória...

E na parede estava sendo projetado um vídeo de cambalhotas, festivais de misto quente, latas de sorvete e textos (um monte deles) cheios de histórias engraçadas. De uma hora para outra o vídeo parava e o sol acabava se despedindo,daí os maiores aprendizados e virtudes adquiridos na época também iam embora (para que pudessem voltar no outro dia).E o clima continuava durante os capítulos de maio e junho.

E logo mais o vento disseminava as flores por entre os mesmos.

Os seguintes meses: julho, agosto e setembro tinham um ar de descoberta. O cenário era diferente dos demais, as pessoas também já não eram as mesmas e aquele amadurecimento visto na parede continuou, mas lentamente. A consciência acabou tomando a narrativa. O espaço era um conjunto de tardes de estudo (entre outras coisas) e muitas palavras ditas perambulavam pelo quarto acompanhadas por uma série de experiências (não citadas).

Outubro e novembro passaram rapidamente. Trabalhos e vestibulares gritavam aos ouvidos que o tempo estava acabando. E o tempo acabou...

Acabou entre partes. Acabaram os capítulos de “meninice” e um novo começara a surgir por entre os rascunhos espalhados pela mesa.

Dezembro.

(sem mais delongas.)

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