segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Vampirismo.


Eu não faço parte do grupo de pessoas que acredita em vampiros(quer dizer),eu sou um tanto racional para dedicar a vida a esse tipo de coisa mas as vezes eu penso seriamente que seríamos mais felizes com a presença dessas criaturas.

No fundo eu sei que cada um de nós tem um pouco de vampirismo(notório),somos corpos que vagam das campas de noite e até acordamos com a ligeira sensação de que fomos sugados (não o sangue propriamente dito) mas perdemos as forças,a alegria e os sonhos daí nos tornamos como o personagem comum da literatura de horror e mitologia que conhecemos,é um ciclo.Afirmo que essa comparação é meio estúpida mas não posso deixar de descrevê-la.

Sempre que ouço falar dos vampiros tenho em mente a idéia de sangue(de súbito),o vermelho vivo e caloroso que sai das veias (que salta-que grita).O sangue,aquele que perdemos durante as madrugadas a fio e que até repomos com velhos cálices e taças de vinho,aquele que damos pelos nossos filhos (ou em troca deles),o que vendemos aos que não merecem e o que são usados em pactos (de todas as formas,místicas ou não),o mesmo sangue sugado dos animais e humanos pelas criaturas.

Continuando minha análise percebo que também temos o poder de controlar as coisas e de seduzi-las e contra esse mal não existe hóstia consagrada,alhos ou água benta,nada disso causa efeito significativo.Somos associados aos lobos,aos cães e aos morcegos cada qual com sua personalidade.E ainda dizemos que não temos nada em comum com os vampiros.

Ora o tempo passa e nos apaixonamos,por vampiros (como as fabulas e contos fictícios já previam),nos apaixonamos por pessoas que nos enfraquecem,que nos encantam e que as vezes se transformam sem precisar entrar em contato com as noites de lua cheia.O ciclo continua,como toda maldição passada de geração em geração.

E tudo parece um espetáculo (um grande espetáculo que vai além da Europa Ocidental e do Oriente),abrimos a porta aos vampiros todos os dias (já que os mesmos não entram em lugares onde não são chamados).Os convidamos e logo já podem ceiar conosco sem qualquer resistência.

E ai é que entra a minha pergunta,"Quem será o cardápio de quem...?".

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